Na cidade de Santo Antônio do Aventureiro, nome em homenagem ao casamenteiro e aos corajosos que ousavam trilhar rotas alternativas para escoar ouro das Minas Gerais, havia uma grande fazenda de café repousada em um vale na Zona da Mata Mineira, na fronteira com o Rio de Janeiro.

Nesse vale especial, de clima extraordinário, verde intenso e cenário de histórias reais e imaginárias, um casal de “aventureiros”, Ana Paula Vasconcelos e Flavio Lira, despertou a imponente Fazenda do Serrote para a sua vocação de ser “uma fazenda que recebe hóspedes”, transformando suas ruínas em um lugar mágico, onde dias luminosos transcorrem num ritmo próprio.

O Casarão-sede, construído em 1905, teve seus Salões pintados pela artista Dominique Jardy retratando cenários da época.

Quem conhece a Fazenda do Serrote, sai de lá com uma certeza: o retorno. Ao cruzar a porteira que, na real, é um portal, entra-se em uma dimensão de outro tempo, outro vento, com doses perfeitas de luxo e rústico, e um brinde de boas-vindas regado a Serrotinho, que abriga todos na egrégora do comandante e da baronesa. Mesa farta, música regional, poesia, cavalgadas, crianças sem tela nutridas pelo ar livre, lago, basequatro, polícia-e-ladrão e outros piques, equipe afinada na harmonia de detalhes infinitos orquestrados com firmeza e fluidez.

Tem tudo isso e muito mais, só não tem quarto com televisão e com wi-fi - é, sim, offline compulsório pra provar que a conexão que cura tá é em cada um de nós, no próximo e in natura.

O Serrote é uma imersão de plenitude e bem-estar que os hóspedes comumente resumem na frase: “Quero morar aqui!”